segunda-feira, 18 de abril de 2011

UM DIA DE DOMINGO EM MACEIÓ

A chegada
Novos contratempos no vôo entre Guarulhos e Maceió. Outra vez, a falta de ambulifts, o que nos deixou quarenta minutos dentro da aeronave. E segue o firme propósito de realizar uma Copa do Mundo. É verdade que quatro cadeiras de rodas em um vôo é fora do comum. Mas a Infraero precisa rever tal situação com urgência. O equipamento A 321 sacudiu barbaridade. Áreas de turbulência sem que o comandante conseguisse alterar níveis de vôo. Trinta minutos antes do pouso, uma passageira sentiu-se mal e foi prontamente atendida pela tripulação. O comandante, após o pouso, insistia para que os passageiros permanecessem sentados até que a equipe médica da Infraero pudesse retirar a passageira enferma. Gente burra, sem educação, em pé, atrapalhando o trabalho dos médicos.

Acessibilidade

Após confuso vôo, rumamos ao Hotel Porto Maceió. Em outra estada lá, nos hospedamos no Hotel Ponta Verde, ao lado daquele. Como possui elevador para cadeirantes, a Su visitou a recepção do hotel, onde foi informada que a acessibilidade universal estava presente. Chegamos ao quarto. A cadeira de rodas não entrou no banheiro. E agora? Para acessar o recinto, imensa mão de obra. Para aquela noite serviu, sete dias, jamais. Então procuramos a recepção , sugerindo que fôsse efetuada troca de quarto ou retirada da porta do banheiro, para que conseguisse adentrar ao mesmo. Fomos informados que a rede possuía outro hotel, o Porto da Praia, também na Ponta Verde, onde os quartos e o próprio hotel são maiores. Só que o quarto para deficiente só ficaria vago no dia seguinte. Resolvemos ir ao novo hotel, para verificar o quarto não exclusivo para deficientes. Gentilmente atendidos pela recepcionista Luciana, verificamos as condições adequadas do quarto, com portas largas, banheiro acessível e com cortina e não acrílico no box. Feito o transfer, hora de iniciarmos as breves férias.

A orla, democrática como sempre
Lá fomos nós, em caminhada pela orla. Idosos, jovens, cadeirantes, carrinhos de bebês, pretos, brancos, gordos, magros, ricos, pobres e vez por outra, um mendigo. Trata-se de espaço absolutamente fantástico. Pelas tantas, um grupo de idosos jogando cartas, mais adiante um dominó. Nas pistas de caminhada, na areia, no mar de colorido espetacular, é possível ver em convívio único e harmonioso, empresários, socialites, a esposa do porteiro, o próprio, o rapaz do subúrbio, a gatinha e seu pretendente, cada um no seu quadrado.

O outro lado
Enquanto isso, na areia, os vendedores. Castanhas, caldo de feijão, cd, camarão, peixe, queijo assado, ciganas, óculos, biquíni, cangas, chapéus, chinelos, artesanato, pacotes de passeios.

Distribuição de renda não existe. Aqueles vendedores existirão enquanto houver turistas. 62% dos alagoanos são considerados pobres. Lá, como cá, a classe política nada faz para diminuir o índice de pobreza. Mas pelo pouco que vimos, eles também não fazem questão. Vivem diariamente a mesma vida.

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