quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O feriado

Meio maluco. Mas é assim. Acordei neste feriado da Independência disposto a escrever. Como se fôsse um vício. A idéia de criar um blog surgiu em virtude de querer compartilhar minhas experiências com pessoas que eventualmente necessitem de ajuda. Fatos do cotidiano. Depois de velho peguei esta mania. Ultimamente tenho lido sobre como criar uma obra literária. Modestamente, estou envolvido em projeto que pretende criar um obra que alia a literatura disponível com minha experiência na área da deficiência física. Até agora, não estou achando lá tão complicado. Dedicação e boa vontade ajudam bastante. Não tenho a ilusão de que a obra se transforme em um best-seller e um sucesso de vendas. O objetivo principal é expressar o que penso e o que sinto, quase sempre sobre temas relacionados ao fato que modificou minha vida em 1984. Um acidente de trânsito e a consequente lesão cervical. Não significa é claro, que este espaço não possa ser utilizado para outros assuntos.

Me achei
Cabe aqui lembrar e dar conhecimento aos seguidores sobre como cheguei ao tal livro. Andei pesquisando em diversas entidades, mestrado, especialização ou cursos de extensão que me permitisse associar literatura à experiência de vida, inclusão e educação dos deficientes. Feevale, Ulbra, Unisinos, Puc, Fargs, Ufrgs, Ipa, sem contar algumas opções via EAD, em faculdades fora do estado. A professora e Psiquiatra Luciane Wagner do Ipa, me impressionou bastante, bem como a Professora Jacinta Renner, da Feevale, para onde não fui em virtude da dificuldade de acesso. Pelas tantas, resolvi procurar na FEFID, faculdade de Educação Física da PUC-RGS, já que lá, estudam a ciência do movimento do corpo humano. Conversei com o coordenador dos grupos de pesquisa, que me aconselhou a conversar com a Professora Daniela Boccardi Goerl, coordenadora do GEPIMPE, Grupo de Estudos e Pesquisa em Intervenção Motora para Populações Especiais. E assim foi. Marquei encontro com a Professora Daniela, às 08:00 hrs de uma quinta-feira. Cheguei mais cedo, por volta de 07:15. Adiantado no horário, resolvi ir ao Posto de Combustíveis na esquina das ruas Cristiano Fischer e Ipiranga, calibrar os pneus de minha cadeira de rodas. Pedi ao bombeiro que colocasse 40 libras nos pneus traseiros e 36 nos dianteiros. Ao tentar calibrar o pneu da esquerda, percebeu dificuldade em chegar aos 40. Percebendo tal dificuldade, resolvi desistir. Mas o sujeito insistiu. “ Deixa comigo, disse ele”. Minha tentativa de cancelar o evento foi infrutífera. Bingo. Estourou o pneu com 60 libras. Correria, liguei para a Professora Daniela, atraso, lojas fechadas. Enfim, consegui resolver o problema e fui para a PUC. E após tantas idas e vindas, dúvidas, com a interferência da Professora Daniela, descobri que não era o mestrado que desejava. O grupo de pesquisa atenderia em cheio meus objetivos. E lá estou, acompanhado da Amanda e da Simone. Cabe pois, agradecer a Professora Daniela pelo interesse e a oportunidade de desenvolver o projeto.